Publicado em 2 de Junho de 2016 às 10h
Injetar mais moeda na economia para resolver os problemas financeiros de um país pode gerar uma superinflação, que nada mais é do que o aumento de preços. Para você entender melhor vamos exemplificar de uma forma mais didática.
Vamos supor que o governo imprimisse e enviasse à população um envelope cheio de dinheiro. As reações seriam basicamente as mesmas: pagamento de dívidas, investimentos em negócios para uma renda futura e, claro, compras. E é na compra que mora o problema. Vamos supor que você queira gastar parte desse dinheiro adquirindo um Xbox, com certeza você não seria o único. Isso já representaria um problema para a loja que vende o produto. Dois cenários podem ser considerados: a loja manteria os preços, mesmo que não existam Xbox suficientes para atender a demanda, ou ela aumentaria os preços e lucraria cada vez mais.
A decisão mais óbvia seria a de aumentar os preços (o que também aconteceria com todos os outros varejistas) e aí teríamos uma inflação maciça e dinheiro desvalorizado. Isso porque o aumento do poder de compra da população subiu, e como consequência disso, os preços também. Contudo, vamos considerar o cenário em que a loja resolveu não aumentar os preços.
Para que o preço do Xbox se mantenha estável, o fornecimento terá que atender toda essa demanda adicional. Se o produto acabar, certamente que o preço irá subir, isso porque os consumidores (que agora têm um envelope cheio de dinheiro, lembra?) vão estar dispostos a pagar o preço que for para adquirir o produto. No entanto, o nosso cenário não envolve alta de preços, sendo assim, a loja teria que estar de acordo com a produtora, a Microsoft no caso, para aumentar a produção sem aumentar o valor do produto. Certamente isso não seria possível em algumas empresas, pois, aumentar a capacidade de produção implicaria em aumentar o quadro de funcionários, o maquinário e até mesmo o espaço.
Seguindo essa lógica, a Microsoft teria que comprar mais peças e teria que convencer os seus distribuidores a não aumentarem os preços, e isso acontece em toda a cadeia de produção. Se a Microsoft pretende produzir mais Xbox, vai precisar de mais horas de trabalho de um funcionário, o que implicaria em um aumento de salário – que é essencialmente um preço incluso no valor que pagamos pelo produto.
A empresa teria que aumentar os salários ou contratar mais funcionários. Porém, esses trabalhadores fazem parte da população que recebeu um envelope cheio de dinheiro, então o que acontece? Vamos supor que um desses funcionários seja você: com seu poder aquisitivo aumentado, você estaria disposto a aumentar a sua carga horária no trabalho?
Sendo assim, as pressões do mercado vão sempre exigir um aumento, que é inevitável para que o lucro continue subindo. Isso é a inflação, é o que aconteceria se o governo resolvesse injetar dinheiro na economia. Para isso, eles trabalham com políticas monetárias e fiscais que controlam as taxas de inflação de acordo com o cenário econômico do país.
Resumindo, de acordo com o site Thinkinganutshell, “riqueza não é criada através da impressão de dinheiro, ela só é representada por isso. Quando você imprime mais dinheiro sem aumentar sua riqueza, cada nota representa uma fatia menor do bolo que você acabou de cortar”.
Fonte: jornalciencia
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