jun 03, 2016
Os trabalhos de restauração do túmulo de Jesus na Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, tiveram início com a conclusão das celebrações da Páscoa Ortodoxa, no início de maio.
De acordo com o site da Custódia da Terra Santa, dois técnicos fizeram alguns levantamentos com laser no local, e no último domingo, 29 de maio, a Edícula onde está o Sepulcro, sofreu a sua primeira mudança visível.
Na sua entrada foi instalada uma espécie de espaço de segurança, por onde poderão transitar os peregrinos.
Em entrevista concedida ao Terrasanta.net, a coordenadora científica da restauração, a engenheira química Antonia Maropoulou, explicou que os trabalhos deverão ser efetuados durante o dia e à noite, ou seja, durante 24 horas.
De dia serão realizadas atividades que permitam a continuidade das devoções e na parte da noite, os trabalhos mais pesados, que preveem o fechamento do Sepulcro. Ao mesmo tempo, foi montado na galeria franciscana um laboratório que permitirá a uma parte da equipe realizar trabalhos durante o dia.
Os trabalhos de restauração fizeram-se necessários já que por décadas a cúpula sobre o Sepulcro permaneceu aberta à mercê das intempéries, que danificaram a estrutura da edícula que envolve o Sepulcro e os materiais com que foi construída. A isto soma-se um incêndio, em 1808 e um terremoto, em 1927.
As intervenções foram possíveis graças ao acordo assinado em 22 de março deste ano pelas três Igrejas que custodiam o local: Grega, Latina e Armênia. Os trabalhos foram então confiados ao Politécnico de Atenas.
Equipe
Os trabalhos de restauração envolvem cerca de 70 pessoas, entre pedreiros e marmoristas vindos da Acrópole de Atenas, operários especializados em restauração vindos da Grécia, dois membros do Ministério da Cultura grego, operários locais e 27 membros entre arquitetos e especialistas do Politécnico Nacional de Atenas.
Cada uma das Igrejas responsável pela custódia do local nomeou os próprios peritos para avaliar e acompanhar as intervenções.
Conclusão dos trabalhos
Não é ainda possível prever uma data para a conclusão dos trabalhos, afirmou a professora Maropoulou, mesmo porque, antes deve ser completada a “fase piloto” que pretende ter uma compreensão em profundidade dos problemas do local.
“O objetivo é o de reforçar a estrutura da edícula passando pelo desmanche das lajes de mármore que a recobrem, a limpeza dos materiais, a consolidação das paredes da época cruzada e a restauração delas com materiais compatíveis com aqueles antigos”, explicou a coordenadora científica dos trabalhos.
Por Canção Nova, com Rádio Vaticano
Matéria retirada do site:
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