Era 2001. Eu tinha 11 anos. Minha vida estava um tanto conturbada. Meus pais estavam se separando. Na verdade, se separaram no começo deste ano(2001). Frequentava direto a Igreja Santa Terezinha.
Lá eu via as velhinhas do Apostolado. Por que eu falo assim? Talvez porque eu seja um tanto arrogante, mas muita gente também é, infelizmente... Tá! Lá estavam elas. Rezando, cantando, muito felizes por estarem servindo ao Nosso Senhor Jesus Cristo. Eram realmente felizes, podiam estar passando o que fosse, estavam elas lá servindo de exemplo pra todos nós. Glória a Deus por isso!!!
Eu ficava incomodado com isso. Sentia uma inveja, mas nunca admitiria isso. "Como eu poderia sentir inveja dessas velhas, muitas vezes desafinadas..." "o pezinho batendo no chão como se estivesse felizes? Será que elas são felizes?"
Elas não faziam parte do esteriótipo do mundo. Elas não se pareciam com os heróis, com os filmes americanos, com as coisas, os padrões deste mundo. De vez em nunca, quando eu ia parar na capela por força divina extrema, eu via direto elas lá, tercinho na mão, orações nos papeizinhos, ave-marias, pai-nossos, glórias ao pai... "que coisa estranha"? "Qual a graça de tudo isso"?
Nem as pastorais me davam tanto encanto. Participei um pouco da Pastoral da Família junto com a minha mãe. Gostava daquela união, via o amor entre as pessoas. Era desinteressado quanto ao tema, porque não me entregava muito às coisas de Deus. Com o Apostolado da Oração foi a mesma coisa.
Tinha dias que eu meio que odiava tudo aquilo. Musiquinhas da Igreja, pezinho batendo no chão, musiquinhas que pareciam forrozinho de louvor a Deus... "...céus e terras passarão, mas sua palavra não passará..." Cheguei ao ponto de amaldiçoar a vida daquelas mulheres de Deus... "tomara que morra de gripe, pneumonia, infarto, derrame ou algo parecido" que Deus me perdoe por esses pensamentos!
Não concebia ser uma grande realização servir a Deus, porque não tinha sido encontrado por Deus verdadeiramente, como num batismo do Espírito Santo. Deus não poderia ser um rapaz morto na cruz, às vezes parecendo meio alienado, despreocupado com as coisas desse mundo, sem pensar em dinheiro, sem ter poder... não acreditava nas curas que Deus por meio de Jesus tinha feito. A transfiguração, a ressurreição de Lázaro, essas coisas, eu pensava ser exagero dos Apóstolos de Jesus. Questionava demais a Bíblia...
Me afastei da Igreja... me escondi dentro dos jogos de vídeo-game, nos estudos, nos filmes pornográficos, e por aí vai... cheguei a me embriagar umas duas vezes... nada disso me preencheu. Minha mãe me chamou pra ir para um grupo de oração. Fui e fui batizado. Me converti. Glória a Deus por isso também!!!
Passou-se o tempo. Percebi o sentido de estar com Deus, de servi-lo com amor... tudo isso é muito bom!!! Percebi o quanto aquelas velhinhas do Apostolado eram fiéis a Deus. Costumo brincar com o conceito que tenho delas. Digo assim: - Se acontecer uma guerra nuclear e existirem algumas pessoas vivas, existirá dentre essas pessoas as velhinhas do Apostolado rezando em cima dos escombros da Igreja, hehehehehe!
Elas foram referências para mim. Enquanto eu amaldiçoava a vida delas, elas rezavam por mim, pela minha conversão, pelas pessoas da Igreja, pelas pessoas do mundo, enfim, pela salvação de TODOS. Elas imitaram a Jesus Cristo. Hoje eu tento imitar também.
Que Deus abençoe as velhinhas do Apostolado, e os jovens e as crianças do Apostolado da Oração. Que Deus abençoe a todas as pessoas deste mundo, todos os seres humanos. Que Ele conceda a salvação a todos nós!!!
bacana!
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