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terça-feira, 17 de maio de 2011

Perdão pela minha ingratidão, Senhor!

Senhor, perdão pelas coisas que fiz de errado. Perdão porque muitas vezes vivi no egoísmo, na soberba, na ignorância, na infidelidade, na ingratidão. Perdão, Senhor! Porque pequei por atos e omissões, pensamentos e palavras, por minha culpa, minha tão grande culpa!

Por não agradecer pela minha gestação e meu nascimento;
Perdão pela minha ingratidão, Senhor!

Por não agradecer pelos meus pais aqui da terra, os quais me cuidaram e cuidam com todo amor até hoje;
Perdão pela minha ingratidão, Senhor!

Por não agradecer pelas pessoas que cuidaram de mim quando pequeno;
Perdão pela minha ingratidão, Senhor!

Por não agradecer o alimento de cada dia, por achar que o que tenho é pouco;
Perdão pela minha ingratidão, Senhor!

Pelas minhas muitas lamentações e reclamações que o Senhor ouve todos os dias com toda paciência;
Perdão pela minha ingratidão, Senhor!

Por minhas brigas com as pessoas que mais amo, porque ao invés de agradecer a cada uma delas pelo amor que têm por mim, eu as inferiorizo, ridicularizo e até desejo mal;
Perdão pela minha ingratidão, Senhor!

Perdão porque minha infância foi muito bonita, cheia de amigos e colegas, mas insisto em achar não ter sido boa;
Perdão pela minha ingratidão, Senhor!

Pelos questionamentos da minha beleza, por viver sempre achando defeito em mim;
Perdão pela minha ingratidão, Senhor!

Pelos infortúnios nos quais o Senhor sempre transformou e transforma em bem maior, mas eu só vejo muitas vezes só o lado negativo;
Perdão pela minha ingratidão, Senhor!

Por não aceitar as cobranças que seriam para meu próprio bem;
Perdão pela minha ingratidão, Senhor!

Pelos muitos sóis que o Senhor levantou pra mim, muitas foram as chuvas que o Senhor derramou para a manutenção da minha vida e de toda biosfera, por todo alimento e beleza do mundo do qual não fui quase nada grato;
Perdão pela minha ingratidão, Senhor!

Por todo prazer e alegria que o Senhor sempre me deu e eu não quis acolher ou acolhi de mal gosto;
Perdão pela minha ingratidão, Senhor!


Procissão de Santo Expedito dia 19/04/2011

      Dia de Santo Expedito. Dia de comemoração de um dos maiores santos da Igreja Católica. O santo das causas urgentes e impossíveis. O santo de grandiosos milagres para todos aqueles aos quais recorrem a sua intercessão. 
      Na capela de São Miguel e Santo Expedito, a multidão, os fiéis se reunem para pedir, agradecer e homenagear este grande santo. Uma capela muito bonita, grande, bem harmonizada, um "pedacinho do céu". Muito bela! 
      O dia todo tinha missa em comemoração deste dia. Ninguém poderia dizer que não tinha tempo, ou que a missa estava acontecendo em horário de trabalho ou que estava totalmente impossibilitado de participar da celebração eucarística. 
      Ao chegar, ouvi a homilia, comunguei, recebi a bênção final e participei da procissão de Santo Expedito. Muita gente participou da pequena passeata, que abrangeu talvez umas nove quadras, e olhe lá. Uns 40 minutos andando... louvando, agradecendo, expressando amor para com Deus. Fiéis de todas as partes do Distrito Federal.
      Músicas católicas. Muita festa, não farra, mas uma festa no coração de cada fiel. Tudo organizado com beleza e singeleza, como é realmente o próprio Deus, apesar de ser o Rei dos reis, a Magestade das magestades. Todos louvando, rezando ave-marias, pai-nossos, orações do Credo, Vinde Espírito Santo, etc.. Há, detalhe, todos, melhor, a maioria estava com velas acesas, uma passeata com velas, todas brilhantes, brilhando para o mundo, naquelas ruas frias e ruas urbanas como qualquer outra cidade.
      Passamos por entre vendas, algumas já fechadas por ter passado das 20 horas. Muitos barzinhos abertos, padarias, restaurantes, fast-foods, por aí vai. 
      Pessoas nos olhavam admirados, outros com desdém, outros faziam o sinal-da-cruz e lembravam de Deus, outros eram tocados... éramos luzes, e a luz às vezes ofusca a visão, principalmente a visão predominante onde a descrença impera em muitas partes do nosso país, infelizmente.
      Nós, porém, com toda a alegria dos céus, nos derramávamos em amor, amávamos a Deus, aos irmãos que caminhavam conosco, aos irmãos que não caminhavam conosco, aos irmãos dos bares e restaurantes, aos pobres e mendigos, enfim, a todos. Amamos com nosso sorriso, nossa acolhida, nossa presença. Com nosso ato estávamos dizendo: Deus é para todos, crentes e descrentes, mais pecadores e menos pecadores, todos!
      Voltamos à capela e recebemos outra bênção, cantando, sorrindo, amando, numa perfeita harmonia. Ali não havia classes sociais, havia irmãos em Cristo Jesus. Muitos irmãos saudavam os outros, muitos irmãos estreitavam os laços de amizade e familiaridade. 
      Depois, nas barraquinhas de comidas, hora de fazer um lanchinho. Um lanchinho cujo fundo arrecadado era para as obras da paróquia, obras sociais e de assistência. Porque é típico da Igreja Católica amar, amar e amar! Ajudar a todos a viver em plenitude a vida, pois assim nos ensinou Jesus Cristo!
      Um dia maravilhoso. Acendi minha vela e fiz um pedido pra Santo Expedito. Vi minha vela queimar um pouco, junto com várias outras. Vi um pouco mais de longe a chama da fé, que estava grande naquele momento, mas que nunca se acaba nunca. Porque Deus é real, é grande, e reina pelos séculos dos séculos. Amém!

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