Todas as manhãs
quando acordava
ele compunha
uma fresta de luz
para o silêncio.
A fresta era o instrumento
o silêncio, o ouvinte
Ficavam assim
enternecidos
O homem
A fresta
O silêncio.
À noite,
o silêncio ensurdecia
Não havia fresta
O homem dormia.
Maria Félix Fontele
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